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terça-feira, 23 de outubro de 2007

Amigos do Sol

Nas trevas da ignorância dos assuntos espirituais
que leva a humanidade para o caminho da tribulação,
o território dos corações é tomado por desesperanças vicinais.
Levando as almas para o abismo da perdição.

Como dói assistir a desagregação,
dos sentimentos nas ações nefelibatas,
fazendo a guerra entre as civilizações,
que sem Deus na razão,
levam o mundo a atômica escuridão.

Ah! O meu coração sequioso em chamas
clama pela luz dos sois universais.
E o arquipotente atende
mandando os seus anjos com as luzes dos seus cristais

Amigos do Sol eles são,
transmitem o fogo da Criação,
revigoram as energias dos chácaras,
vivificam o Amor das criaturas.
Transmitem a esperança da salvação.

Oh, se não fossem essas estrelas aladas,
que tanto amam a todos sem esperar as respostas.
Como seria o amanhã daqueles que procuram a vida?
Existiria para estes um futuro ainda?

O que se pode é a Deus agradecer,
pelo anjo que como amigo foi se personificar.
E suplicar a força para ti em um novo amanhecer
Como na minha oração ao adormecer.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A epopeia do Destino

O mais notável e enigmático do destino é justamente o desconhecimento do seu curso. Segui-lo é embarcar em uma jornada épica para desvendar a vida, repleta de momentos de glória e realizações, mas também marcada por espinhos que ferem a alma profundamente, expondo a fragilidade

Das tragédias nascem cicatrizes, e são elas que moldam a força daqueles cuja esperança persiste. Depois da tempestade, quando tudo parece perdido, resta ainda a luz da esperança—aquele último brilho na caixa de Pandora—que aponta o caminho a seguir.

Contudo, a jornada é árdua. Os espinhos do caminho ferem até os mais resilientes, arrastando-os à aflição. Nessa angústia, bebe-se o veneno do desespero, capaz de aprisionar a alma em um único instante, tornando um segundo eterno. Mas é preciso continuar, mesmo que seja rastejando, até alcançar o próprio destino.

E ao chegar ao fim, deixando para trás um rastro de luta e superação, a névoa do passado se dissipa. O sofrimento, antes incompreensível, revela seu propósito. Então, ecoa uma voz poderosa no coração, como um trovão que rompe o silêncio: "Obrigado pela redenção!"

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Quem aprende a voar entende porque é preciso pousar

A vida é uma dança delicada entre o céu e a terra, entre o que nos eleva e o que nos ancora. Essa dualidade, presente em cada experiência humana, nos convida a refletir sobre o equilíbrio necessário para viver plenamente, sem perder de vista nosso propósito maior. A metáfora do voo e do pouso ilustra essa jornada de maneira profunda, mostrando que tanto a ascensão quanto o retorno ao chão são partes essenciais do nosso crescimento.

Quando nos permitimos voar, experimentamos a liberdade que transcende as limitações do mundo material. É um momento de conexão com algo maior, onde nos sentimos leves, inspirados e próximos do Divino. No entanto, o voo, por mais sublime que seja, não pode ser eterno. As alturas nos mostram horizontes infinitos, mas também nos lembram que somos seres que precisam do chão para cumprir suas missões, suas responsabilidades. O pouso não é uma queda, mas a oficina de trabalho de aplicação daquilo que aprendemos no voo e o que precisamos viver na terra.

A matéria, com suas demandas e desafios, é um campo fértil para o progresso. É aqui que colocamos em prática os insights trazidos pelo aprendizado espiritual. Aqui, enfrentamos provas, superamos obstáculos e exercitamos virtudes como a paciência, a compaixão e o amor. No entanto, é fácil nos perdermos nas ilusões do mundo material, esquecendo-nos de que somos mais do que apenas corpos físicos. Por isso, é essencial manter uma conexão interior, uma bússola que nos guie mesmo quando as distrações do mundo tentam nos afastar do nosso caminho.

Equilibrar essas duas dimensões – o voo e o pouso, o céu e a terra – é a chave para uma vida harmoniosa. Negligenciar uma em favor da outra pode levar ao desequilíbrio. Viver apenas no voo pode nos desconectar das responsabilidades e aprendizados que a matéria oferece, enquanto viver apenas no chão pode nos fazer esquecer de nossa natureza espiritual e do sentido maior da existência. O segredo está em saber quando é hora de voar e quando é hora de pousar, reconhecendo que ambas as experiências são complementares e necessárias.

O pouso, portanto, não é um fim, mas uma preparação para novos voos. É no chão que assimilamos as lições, que nos fortalecemos e que traçamos novos rumos. A matéria, assim, não é um obstáculo, mas um instrumento de crescimento. Cada desafio enfrentado, cada ato de amor e cada momento de superação contribuem para o nosso progresso, tanto no plano material quanto no espiritual.

A vida, em sua essência, é um movimento constante entre a leveza do voo e a firmeza do pouso. É nesse vai e vem que encontramos o verdadeiro sentido da existência. Voar nos inspira e nos conecta com o infinito, mas é no pouso que consolidamos nossos aprendizados e nos preparamos para novas ascensões. Assim, entre o céu e a terra, construímos nosso caminho, sempre buscando o equilíbrio que nos permite crescer, evoluir e, finalmente, compreender a beleza dessa dança eterna.