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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Cativar

"Você é responsável pelo que cativa." Essa frase, retirada de uma música, traz uma verdade profunda sobre a relação entre nossas ações e o que recebemos em troca. Nada na vida nos alcança sem estar, de alguma forma, conectado ao que atraímos, seja de forma consciente ou inconsciente.

Quantas vezes o corpo adoece por negligenciarmos seu cuidado? Quantas enfermidades podem ser desencadeadas pela ausência de tranquilidade, pelo peso do rancor ou pela falta de paciência? Essas emoções, quando ignoradas, tornam-se fardos que sobrecarregam não apenas a mente, mas também o corpo.

Esquecer que temos o controle sobre como vivemos o nosso destino é como embarcar em um trem qualquer, sem decidir como faremos a viagem. Podemos escolher a melhor poltrona, mas, sem essa escolha consciente, acabamos conduzidos ao pior lugar. Melhor é que façamos escolhas mais acertadas, ainda que isso exija esforço. A certeza de que somos responsáveis por cada passo da jornada nos transforma, nos amadurece como seres humanos e espirituais. Não há preço para a liberdade de conduzir o próprio caminho.

Essa reflexão sobre "cativar" nos oferece uma poderosa perspectiva: não se trata apenas de agir por impulso ou instinto, mas de agir com intenção, consciência e reflexão.

Quem sabe cativar amizades não precisa de grandes bens materiais para oferecer. Um verdadeiro amigo traz palavras de conforto, boas histórias e conselhos que iluminam. Sua presença é, por si só, um presente inestimável.

Da mesma forma, cativar a natureza é construir uma relação de cuidado e reciprocidade. Animais, plantas e o ambiente sempre respondem com carinho a quem os protege. As flores mais belas estão nos jardins onde são tratadas como membros da família.

Casais que aprendem a cativar um ao outro superam crises, constroem gerações e envelhecem mantendo a doçura do início. Para eles, até o gesto mais simples se transforma em uma expressão de amor profundo e eterno.

Cativar é o complemento do verbo amar. Muitas pessoas amam, mas não sabem cativar. Amar pode ser um sentimento natural, mas cativar é uma escolha consciente, um ato diário de cuidado e dedicação.

Aproveite este momento para refletir: como você tem cativado a vida? O que pode fazer para torná-la mais rica e cheia de surpresas? Afinal, somos todos responsáveis pelo que cativamos.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Na hora de decisão

Nos momentos de grandes questionamentos, abrimos o coração em busca de respostas. É então que uma luz nos envolve, trazendo uma paz profunda, comparável ao aconchego de um regaço materno ou ao abrigo seguro de braços paternais. Essa força, quase palpável, revela as sublimes energias universais que nos sustentam.

Essa essência que une todas as criaturas é um lembrete de que somos irmãos por natureza, destinados a um caminho de aprendizado e evolução, não de incertezas. Nas escolhas e dúvidas, as lágrimas que surgem após um erro não são fraquezas, mas sinais de que há espaço para reconstrução e crescimento. É triste, no entanto, seguir sem perceber que dentro de nós existe o potencial de nos tornarmos fortalezas indestrutíveis.

A vida não é para ser vivida de forma isolada. A própria criação nos mostra essa interdependência, pois não somos autossuficientes em todas as coisas. Há, então, algo que nos conecta de maneira profunda, algo que, em nossa limitação de compreensão, ainda vislumbramos como a atuação de forças superiores, de anjos que nos envolvem em momentos sombrios, trazendo a clareza necessária para prosseguir.

Quando permitimos que essa percepção aflore, o próximo passo na jornada se torna natural. Reconhecemos que há aqueles, guiados por sentimentos elevados, que nos inspiram e conduzem com amor. E assim, nessa troca de energias e inspirações, nos encontramos motivados a compartilhar em palavras e gestos, com o desejo de que outros também sejam tocados por essa força.

Que cada coração, no ritmo das batidas que sustentam a vida, encontre direção e paz. Que seja guiado por essas energias sublimes, que nos elevam e nos lembram de nossa natureza coletiva e divina. Afinal, a essência de viver está em partilhar, aprender e caminhar lado a lado com o que é eterno.

domingo, 4 de janeiro de 2009

A observância da vida

Não há nada mais valioso do que a nossa existência: a oportunidade de vivermos os momentos que moldam a nossa história. Um roteiro de vida escrito por nossas escolhas, pelo modo como assimilamos, atraímos e influenciamos o mundo ao nosso redor — amigos, pais, colegas, desconhecidos e até mesmo adversários.

Refletindo sobre a natureza comum que nos envolve, podemos observar que, nos primeiros anos de vida, somos influenciados pelos ensinamentos e valores transmitidos por nossos pais ou tutores, que ajustam sua orientação à nossa individualidade, já dotada de uma percepção única. Com o passar do tempo, outras influências surgem, muitas vezes absorvidas de forma inconsciente, o que torna válida a máxima de que “o indivíduo é resultado do meio em que vive.” Contudo, há exemplos que mostram que o meio nem sempre determina quem podemos ser, levando-nos a ponderar sobre a importância de não nos deixarmos levar apenas pelo fluxo das circunstâncias.

Quando adotamos um olhar crítico e analítico sobre os padrões e estereótipos que nos cercam, conseguimos discernir o que é benéfico e o que deve ser descartado. Essa prática nos permite moldar nossas ações e inspira-nos em exemplos que marcaram a humanidade e impactaram coletividades. Pessoas que, ao invés de rejeitarem a realidade contemporânea em que viviam, a transformaram, aprimorando costumes e revolucionando comportamentos.

Compreender que isso é possível nos leva à consciência de que o poder de transformação está ao alcance de todos. Ele nasce da capacidade de observar e refletir atentamente sobre o presente. Mesmo na juventude, uma fase cheia de descobertas e desafios, é possível cultivar a busca pelo verdadeiro sentido da vida, transformando dúvidas em oportunidades de crescimento.

Mas essa observância da vida não se limita a uma fase. Ela é um exercício contínuo e valioso em todos os momentos da existência. Afinal, a vida é o bem mais precioso que possuímos.

Por isso, escute. Reflita sobre o amanhã. Qual é o destino que você deseja traçar? Quais são seus objetivos? Quem você quer ao seu lado? Você busca estabilidade e confiança ou prefere viver uma ilusão que, inevitavelmente, se desfará?

Pense, leia, descubra quem você é. Ao perceber que você é o dirigente do seu destino, a observância da vida se manifestará e fará de você uma pessoa consciente, dona de uma existência mais plena e significativa.

Nesse começo de 2009 lembre-se: “seu amanhã é o resultado de hoje, por isso, cuide muito bem dele!”