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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Apenas somos diferentes

Tudo o que desejamos é fazer o bem àqueles que, por acaso, cruzam nosso caminho, que fazem parte de nossa vida, mesmo que seja apenas por um breve momento. É uma vontade silenciosa de deixar uma marca positiva, um gesto de bondade que, mesmo efêmero, possa tocar profundamente o coração de quem nos encontra.

Tudo o que procuramos é enxergar a vida sob outro prisma, um olhar de compaixão, alegria, paz e perdão. Buscamos uma perspectiva mais leve, que nos liberte dos pesos desnecessários e que nos conduza a um estado de harmonia com o mundo e com os outros.

Tudo o que desenvolvemos é uma constante aprendizagem sobre as diversas situações que envolvem o ser humano: os sentimentos, os pensamentos, os anseios e os desafios que todos enfrentamos. Cada experiência, cada vivência, é uma lição que nos molda e nos ensina algo novo sobre nós mesmos e sobre o que é realmente importante.

Tudo o que atraímos é a vontade de amadurecer nossa sensibilidade, de aprimorar a vibração que emana de nosso ser e de nos deixar conduzir por uma simplicidade genuína, que inspira e transforma. É como uma energia que nos chama para ser melhores, mais conectados com aquilo que realmente importa, mais atentos às coisas belas da vida.

Tudo isso é uma vontade interna, um impulso que, com o passar dos anos, vai nos mudando e transformando. Somos constantemente levados a deixar para trás velhas formas de pensar, de ser, que já não nos servem mais. Às vezes, a sensação de que nos afastamos do mundo é apenas uma ilusão, pois, na verdade, o que mudou foram apenas as nossas preferências, nossa maneira de ver o mundo.

E assim, os lugares que nos trazem felicidade são aqueles onde a natureza se faz presente, onde a tranquilidade reina, onde podemos ouvir o canto dos ventos, o brilho do sol e a melodia dos pássaros. São os lugares que acalmam nossa alma e nos conectam com o que há de mais puro no universo.

As músicas que nos atraem são aquelas que promovem significado, crescimento e harmonia, seja nas notas dos instrumentos ou nas vozes que se entrelaçam, criando algo maior do que a soma de suas partes. Elas nos tocam profundamente, como se cada acorde fosse uma mensagem direta para o nosso coração.

As conversas que nos atraem são as que não ferem, as que não são recheadas de palavras ofensivas, mas sim de compreensão, respeito e amor. São diálogos que nos elevam e nos fazem sentir mais próximos uns dos outros, mais humanos, mais verdadeiros.

Os corações que nos tocam são aqueles que buscam algo maior, que querem amar e ser amados, que não desejam mais viver na ilusão de um mundo construído a partir de milênios de instintos. Esses corações são puros, desejam transcendência e conexão verdadeira, e é com eles que queremos estar.

E tudo isso é uma escolha. Uma escolha que nos torna diferentes, mas não melhores do que ninguém. Somos apenas diferentes, e essa diferença é o que nos permite crescer, nos tornar mais plenos e conectados com o nosso propósito de vida.

Talvez algumas dessas diferenças nos tragam momentos de solidão, pois ao nos afastarmos da multidão, encontramos um campo onde a visão de um lago, do céu e do verde nos envolve, mas essa solidão não é dor. Ela é paz, introspecção e uma escolha consciente de estar mais alinhado com o que realmente importa.

Mas, acima de tudo, estamos felizes. Porque, eu e meu anjo, estabelecemos que não desistiremos de procurar aquilo que tem feito toda a diferença em nossas vidas. E, se por algum acaso do destino, nos encontrarmos no mesmo campo, seremos ainda mais felizes. Pois não há nada mais belo do que ver nossa alma refletida em outras almas, e saber que, juntos, estamos caminhando na mesma direção, com a mesma busca por verdade, amor e harmonia. A caminhada se torna mais leve e a troca de olhares é a verdadeira união de ideais.

Que Deus nos abençoe e nos guie nessa jornada de luz e amor.

domingo, 30 de outubro de 2011

Da Dádiva (Khalil Gibran)

Então um homem opulento disse: “Fala-nos da dádiva.”

E ele respondeu:

“Vós pouco dais quando dais de vossas posses.

É quando dais de vós próprios que realmente dais.

Pois, o que são vossas posses senão coisas que guardais por medo de precisardes delas amanhã?

E amanhã, que trará o amanhã ao cão ultraprudente que enterra ossos na areia movediça enquanto segue os peregrinos para a cidade santa?

E o que é o medo da necessidade senão a própria necessidade?

Não é vosso medo da sede, quando vosso poço está cheio, a sede insaciável?

Há os que dão pouco do muito que possuem, e fazem-no para serem elogiados, e seu desejo secreto desvaloriza suas dádivas.

E há os que têm pouco e dão-no integralmente.

Esses confiam na vida e na generosidade da vida, e seus cofres nunca se esvaziam.

E há os que dão com alegria, e essa alegria é já a sua recompensa.

E há os que dão com pena, e essa pena é o seu batismo.

E há os que dão sem sentir pena nem buscar alegria nem pensar na virtude:

Dão como, no vale, o mirto espalha sua fragrância no espaço.

Pelas mãos de tais pessoas, Deus fala; e através de seus olhos Ele sorri para o mundo.

É belo dar quando solicitado; é mais belo, porém, dar sem ser solicitado, por haver apenas compreendido;

E para os generosos, procurar quem recebe é uma alegria maior ainda que a de dar.

E existe alguma coisa que possais guardar?

Tudo o que possuís será um dia dado.

Dai agora, portanto, para que a época da dádiva seja vossa e não de vossos herdeiros.

Dizeis muitas vezes: “Eu daria, mas somente a quem merece”.

As árvores de vossos pomares não falam assim, nem os rebanhos de vossos pastos.

Dão para continuar a viver, pois reter é perecer.

Certamente, quem é digno de receber seus dias e suas noites é digno de receber de vós tudo o mais.

E quem mereceu beber do oceano da vida, merece encher sua taça em vosso pequeno córrego.

E que mérito maior haverá do que aquele que reside na coragem e na confiança, mais ainda, na caridade de receber?

E quem sois vós para que os homens devam expor o seu íntimo e desnudar seu orgulho a fim de que possais ver seu mérito despido e seu amor-próprio rebaixado?

Procurai ver, primeiro, se mereceis ser doadores e instrumentos do dom.

Pois, na verdade, é a vida que dá à vida, enquanto vós, que vos julgais doadores, são meras testemunhas.

E vós que recebeis – e vós todos recebeis – não assumais encargo de gratidão a fim de não pordes um jugo sobre vós e vossos benfeitores.

Antes, erguei-vos, junto com eles, sobre asas feitas de suas dádivas;

Pois se ficardes demasiadamente preocupados com vossas dívidas, estareis duvidando da generosidade daquele que tem a terra liberal por mãe e Deus por pai.”

domingo, 16 de outubro de 2011

Sobre o "desejo-central"

Eis uma reflexão sobre o que é o "desejo-central" e como ele se torna um elemento fundamental na formação de nossa personalidade, influenciando, muitas vezes, até mesmo o nosso destino. O conceito de "desejo-central" foi descrito por André Luiz no livro Ação e Reação, psicografado por Chico Xavier, e nos ajuda a entender que, além dos desejos imediatistas, que muitas vezes são passageiros e volúveis, todos nós carregamos um desejo mais profundo, algo que se revela como o verdadeiro eixo de nossos interesses mais íntimos. André Luiz explica: "(...) todos possuímos, além dos desejos imediatistas comuns, em qualquer fase da vida, um “desejo-central” ou “tema básico” dos interesses mais íntimos. Por isso, além dos pensamentos vulgares que nos aprisionam à experiência rotineira, emitimos com mais frequência os pensamentos que nascem do 'desejo-central' que nos caracteriza, pensamentos esses que passam a constituir o reflexo dominante de nossa personalidade."

Esse "desejo-central" é um motor silencioso, que influencia nossas escolhas e ações de maneira muito mais profunda do que imaginamos. Ele é o reflexo de nossa essência, aquilo que realmente buscamos e valorizamos, e por isso, é um dos principais responsáveis por moldar o caminho que seguimos na vida. Quando observamos as pessoas à nossa volta, é possível perceber como suas atitudes e comportamentos estão intimamente ligados a esse desejo fundamental. Desse modo, a natureza de cada pessoa pode ser conhecida pelas escolhas que ela faz. Por exemplo, a crueldade reflete o coração de quem carrega a violência como tema central; a cobiça reflete o desejo insaciável de acumular sem fins; a maledicência reflete a alma daquele que se alimenta da dor alheia; o escárnio reflete o espírito de quem se deleita em inferiorizar o outro; e, por outro lado, a elevação moral reflete a pureza daqueles que buscam a luz.

Além disso, existe uma influência ainda mais poderosa e sutil que atua sobre nós: a força mental daqueles com quem nos associamos. Assim como o nosso "desejo-central" guia nossas ações, as pessoas com quem convivemos também têm seus próprios desejos centrais, e muitas vezes essas forças podem influenciar de maneira decisiva nossas escolhas e trajetórias. Como nos ensina o instrutor Flácus no livro Libertação (também psicografado por Chico Xavier, pelo espírito André Luiz): "Espíritos incompletos que somos ainda, aderimos aos movimentos que lhes dizem respeito e colhemos os benefícios da ascensão e da vitória ou os prejuízos da descida e da derrota, controlados pelas inteligências mais vigorosas que a nossa e que seguem conosco, lado a lado, na zona progressiva ou deprimente, em que nos colocamos."

Essas influências podem ser tanto positivas quanto negativas, dependendo da natureza do "desejo-central" de quem nos cerca. Quando nos unimos a espíritos que buscam a evolução, nossa jornada se torna mais iluminada e rica de aprendizado. Porém, quando nos deixamos influenciar por aqueles cujos desejos estão voltados para as sombras, corremos o risco de descer em um caminho de sofrimento e estagnação.

Portanto, somos convidados a refletir sobre a importância de nossa própria energia mental e da energia mental de quem nos rodeia. A sabedoria popular resume essa lição em uma frase simples, mas poderosa: "Diga com quem andas e direis quem és." A companhia que escolhemos reflete profundamente quem somos, e também a direção que tomaremos. Nossa jornada, e o tipo de pessoa que nos tornaremos, está intrinsicamente ligada a esses desejos centrais, tanto os nossos quanto os daqueles que se aproximam de nós.

Por isso, ao entendermos essa dinâmica, somos chamados a examinar nossos próprios desejos, a identificar os elementos que realmente movem nossas vidas e a escolher com mais sabedoria as influências que permitimos entrar em nosso campo vibracional. Ao fazer isso, podemos não apenas melhorar nossa própria trajetória, mas também contribuir para um mundo mais harmônico e evoluído, alinhado com os mais elevados propósitos divinos.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Na estação da vida

Como em uma estação, a vida traz pessoas vindas dos mais variados lugares. Algumas chegam de muito longe, outras ficam por pouco tempo, enquanto outras apenas esperam o próximo trem. Contudo, cada uma delas traz consigo algo magnífico e mágico, capaz de nos proporcionar momentos inesquecíveis e, por vezes, decisivos em nossa existência.

Como em uma estação, há momentos em que nos encontramos sozinhos na plataforma, esperando por alguém que parece demorar a chegar. Essa espera, por vezes, parece interminável. Contudo, quando essa pessoa finalmente chega, esquecemos o tempo que passou. O sorriso que ilumina nosso caminho e o calor daquele abraço de reencontro são capazes de renovar nossas forças e nos inspirar a continuar, sem desanimar.

Como em uma estação, também chega o momento em que precisamos embarcar em um trem que nos levará a um novo destino. Esse destino se define pelas escolhas que fazemos. E, uma vez dentro do trem, precisamos decidir em qual estação desembarcar. Cada escolha é decisiva. Devemos lembrar que, em uma estação especial, estão aqueles que nos esperam de braços abertos e flores nas mãos. Para estar com eles, precisamos ter cuidado para não escolher a estação errada.

Enfim, é preciso não perder o trem. É preciso ter a paciência de esperar por quem chega. É preciso saber a hora certa para cada momento, mesmo nas mínimas coisas da existência. O definidor de tudo está dentro de nós. Felicidade ou não será sempre uma questão de escolha.

Muita paz! 

Daniel d'Assis

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Lentes do Eterno

Chegam momentos na vida em que tudo ao nosso redor parece brilhar com uma intensidade que jamais havíamos percebido antes. O Sol parece mais radiante, as flores mais vibrantes, e até mesmo as pessoas ao nosso redor parecem carregar uma energia diferente, quase mágica.

Isso, sem dúvida, reflete um estado de alma. É como se, de repente, tivéssemos acesso a uma visão mais ampla da realidade, onde os olhos físicos não são mais suficientes para compreender a totalidade do que se revela diante de nós. O que vemos é amplificado por uma lente cósmica, uma percepção que transcende a matéria, tocando algo mais profundo e essencial.

Esse estado é indescritível pelas palavras, mas é transmitido por energias que cruzam as dimensões do tempo e do espaço. Através dessa energia, ocorrem curas reais e profundas, que não se limitam ao corpo físico, mas tocam a alma e o espírito. O magnetismo gerado por essas energias é tão poderoso que pode até alterar a composição do nosso ser, promovendo transformações que são quase milagrosas. No entanto, para que isso aconteça, é necessário que o fluxo de energia seja livre. Se o coração permanece fechado, se a porta da receptividade não se abre, o que é transmitido retorna vazio, sem alcançar o objetivo desejado.

Mas, mesmo que você ainda não tenha despertado para essas energias, saiba que existem aqueles que já estão plenamente conscientes delas. Esses seres estão ao seu redor, prontos para compartilhar o que têm de mais precioso. Eles não esperam nada em troca, não buscam recompensa, pois sua única missão é dividir o amor, a sabedoria e as curas que lhes foram concedidas. Eles são mensageiros da luz, e seu propósito é iluminar os outros, sem esperar retorno, mas simplesmente para que o amor se espalhe.

Por isso, não deixe a porta do seu coração fechada. As luzes estão ao seu redor, aguardando para lhe revelar o que há de melhor para você. Basta que você esteja disposto a vê-las, a senti-las e a se permitir ser tocado por elas.

E para você que já está ciente do brilho dessas luzes, que já percebeu o resplendor do Eterno em cada pequeno detalhe da vida, junte-se a nós nesta jornada. Juntos, podemos viver a revolução silenciosa que acontece no mais íntimo de nosso ser. Uma revolução que nasce de dentro para fora, que transforma a consciência e, consequentemente, o mundo ao nosso redor. Porque, no final, a verdadeira força está em quem pode mais — aquele que está disposto a ouvir, a ver e a ser guiado pela luz que emana do mais profundo de seu ser.


Abraços de Luz

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Uma agenda, uma oportunidade!

Sim, as escolhas são as grandes delineadoras de nosso destino. Todos nós, independentemente do grau de consciência, estamos circunscritos a elas. Talvez nem sempre escolhamos o melhor caminho, mas quando nossas decisões são tomadas com pureza — livres do egoísmo, do orgulho, da vaidade e do ódio —, abrimos as portas para um futuro mais promissor e harmonioso.

Fugir das situações difíceis ou não reconhecer que elas existem como provas para nossa fé pode nos impedir de crescer e progredir espiritualmente. Enfrentar com coragem a agenda de nosso destino é um convite a nos libertarmos da ignorância e do medo. Nessas jornadas desafiadoras, é importante lembrar que não estamos sozinhos. Nossos amigos espirituais estão ao nosso lado, oferecendo amparo e inspiração.

Cristo, em sua missão linda e inigualável, nos ensinou que “estreita é a porta e apertado o caminho que conduz à salvação”. Essa verdade nos convida a refletir constantemente sobre nossas ações e escolhas, buscando sempre o caminho do amor e da renovação interior.

Meus amigos, deixemo-nos embriagar pelo amor que, todos os dias, os anjos amigos nos oferecem. Estejamos dispostos a mudar para melhor, a cada instante. Com isso, teremos à nossa disposição grandes ferramentas para construir um mundo mais justo, uma humanidade mais feliz.

As forças do bem e da boa vontade sempre estarão ao lado daqueles que se comprometem com o trabalho de renovação, iluminados pelos sentimentos elevados. Que possamos ser instrumentos dessa luz, espalhando paz e amor em cada ato e pensamento.

Muita paz!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Refletindo sobre tempo

O tempo é uma ferramenta preciosa, um convite constante à reflexão sobre como podemos usá-lo para algo maior. Ele se torna realmente valioso quando é compartilhado com aqueles que amamos, e também quando é investido no trabalho dedicado ao nosso aprimoramento moral e espiritual. Cada instante que se esvai carrega em si uma oportunidade única de crescimento, um chamado para a construção de algo verdadeiramente significativo.

Vivemos em uma época em que as aparências externas muitas vezes ganham protagonismo, mas, nesse cenário, o cuidado com o nosso mundo interior pode ser negligenciado. Quando o tempo é utilizado para cultivar valores elevados e sentimentos nobres, ele se transforma em um verdadeiro instrumento de evolução. Não se trata de rejeitar a materialidade, mas de equilibrá-la com a espiritualidade, permitindo que ambas coexistam em harmonia e tragam realizações duradouras.

Em nossa jornada, é natural que nem sempre optemos pelo caminho mais fácil ou direto. Às vezes, escolhemos trilhas que nos conduzem a desafios inesperados e recomeços. Porém, são nesses momentos que temos a oportunidade de aprender, de nos reinventar. O importante é reconhecer que cada escolha, mesmo a mais difícil, carrega consigo uma chance de evolução.

Infelizmente, muitos, ao final de uma vida, se veem lamentando por não terem refletido sobre os passos que deram ao longo do caminho. Olham para trás e percebem que poderiam ter feito escolhas diferentes, se tivessem apenas refletido mais profundamente sobre as suas ações. É nesses momentos que nos chegam alertas espirituais, que nos convidam a não cometer os mesmos equívocos. Esses lembretes são sinais preciosos, guiando-nos a uma vida mais consciente e equilibrada, para que não precisemos carregar arrependimentos em nosso coração.

Encarar o presente como um convite à transformação e ao aprimoramento é, acima de tudo, um gesto de coragem e sabedoria. E, nessa caminhada, jamais estamos sozinhos. Sempre contamos com o apoio de forças amigas, visíveis e invisíveis, que nos inspiram, nos fortalecem e nos conduzem.

Que possamos usar o tempo como uma ponte para construir um futuro mais luminoso, pleno de paz e harmonia.

Muita paz!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Segunda fase da vida: "O Sono"

Já estamos vivendo a energia da Era de aquário, onde grandes transformações marcarão a nossa humanidade e onde poderemos verificar a crescente espiritualização de uma sociedade que despertará, dia após dia, para as verdades do invisível.

É verdade que toda transição é marcada por grandes acontecimentos, que podem ocorrer em eventos sociais, políticos, filosóficos ou naturais. Estes demandam nossa atenção e despertam algo novo nos corações, ou melhor, tornam-se necessários para que ativemos potências adormecidas em nosso interior.

O Jornalista Paiva Netto, em seu artigo de Ano-Novo, intitulado “Jesus, o Cristo Ecumênico, e Sua Volta Triunfal”, lido à meia-noite do primeiro dia de 2011 nos meios de Comunicação da Boa Vontade, destacou uma afirmativa importante:

“Não foi sem motivo que André Malraux (1901-1976), intelectual de renome e ministro da Cultura da França, expressou um pensamento de grande profundidade:

— O século XXI será religioso ou não existirá.”

Diante disso, é urgente que abramos as portas para essa realidade, há muito falada, mas ainda pouco vivida em nosso meio.

É curioso notar que passamos cerca de um terço de nossas vidas em estado potencial de experiências com o invisível, pois durante o sono, o espírito se liberta da matéria e entra em uma outra fase da existência, frequentemente registrada como sonhos.

Um dado interessante surge na pergunta 414 do Livro dos Espíritos, onde Allan Kardec questiona o Espírito da Verdade, que nos revela:

“414 Duas pessoas que se conhecem podem se visitar durante o sono? – Sim, e muitas outras que acreditam não se conhecerem também se reúnem e conversam. Podeis ter, sem dúvida, amigos num outro país. O fato de ir se encontrar, durante o sono, com amigos, parentes, conhecidos, pessoas que podem ser úteis, é tão frequente que o fazeis todas as noites.”

Aqui está um fato simples, mas com repercussões profundas em nossas vidas. Somos resultado do que pensamos, e toda reunião no mundo extra-corpóreo ocorre por afinidade de energias, pelo magnetismo gerado pelos desejos mais íntimos.

Outro ponto relevante é que muitas das relações que estabelecemos em nossa vida têm raízes no mundo espiritual, e essas conexões são mantidas no plano extra-corpóreo. Por isso, sentimos uma estranha familiaridade com certas pessoas, como se já as conhecêssemos, mesmo que nunca as tivéssemos visto antes.

A experiência espiritual é extraordinária e, quando bem direcionada, traz resultados significativos para a nossa vida material.

No entanto, é importante ressaltar que o pensamento é o condutor de tudo. Se nossos pensamentos são elevados, o espírito, ao se libertar da matéria, entra em um estado de energias positivas que guiarão nossa vida por caminhos de evolução. Se, por outro lado, nossos pensamentos são negativos, seremos marionetes nas mãos de energias ruins, que resistem à luz.

Não devemos nos assustar com essas realidades, pois elas se farão mais presentes em nosso meio. Precisaremos delas para tomar decisões com sabedoria.

Fiquemos atentos aos sinais que surgem em nossa vida. Aprendamos a despertar o melhor de nossos corações, o verdadeiro amor, e, nos momentos que antecedem o sono, imaginemo-nos envolvidos por uma Luz acolhedora, como se estivéssemos nos braços amorosos de uma mãe. Ao adormecer, pensemos nas pessoas que cruzaram nosso caminho e as abracemos como pais abraçam seus filhos. Dessa forma, seremos mais facilmente conduzidos às regiões elevadas, onde encontraremos entes queridos, até mesmo aqueles que já partiram, traçaremos planos para nossa vida, nossa família, nossos projetos e, o mais importante, receberemos as instruções dos maiores da espiritualidade.

Muita paz!
Daniel d’Assis.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Das Cinzas

Existem momentos em que a escuridão parece envolver o coração, onde o caminho se perde entre sombras e incertezas. Mas é justamente nesses períodos que a alma se fortalece, buscando a luz que, por mais distante, nunca deixa de brilhar.

Nos períodos mais desafiadores, o ser humano pode se encontrar imerso em dificuldades, mas essas experiências têm o poder de revelar forças interiores que antes estavam adormecidas. A dor, embora real, não é o fim da jornada, mas sim uma etapa do processo de transformação.

O renascimento não exige a destruição de tudo o que foi, mas a capacidade de renovar o olhar e entender que, mesmo nas provações, há aprendizado. O que parece perdido pode ser a base sobre a qual se constrói algo novo e mais forte.

Cada dificuldade vivida, por mais intensa que seja, tem o poder de trazer consigo uma lição valiosa. Com o tempo, o espírito se eleva, e a sabedoria adquirida em momentos de sombra se torna a luz que ilumina o caminho futuro.

O tempo de superação pode parecer longo, mas é justamente nele que a verdadeira força é cultivada. À medida que o ser humano encontra a serenidade interior, a esperança vai se renovando, e a paz começa a tomar o lugar do sofrimento.

A jornada de cada um, mesmo marcada por desafios, é uma constante oportunidade de crescimento. Ao olhar para o futuro, é possível enxergar que o que antes parecia difícil de atravessar, agora se torna um testemunho da coragem e da capacidade humana de superar e seguir em frente.

Renovação é sempre possível. 

Das cinzas renasce a fênix! 

O segredo está em não perder a fé na capacidade de transformação que existe em cada ser. Quando se aprende a ver a vida como uma jornada de evolução, cada passo, mesmo o mais árduo, é um passo em direção à paz e à harmonia.


Por
Daniel d'Assis