Se fôssemos refletir sobre as dificuldades que cruzaram nosso caminho, já teríamos desistido de caminhar nesta terra, antes mesmo de ter vencido cada uma delas.
Se pensássemos nos sentimentos conflitantes que surgiram em nossa alma, já teríamos escolhido a solidão, antes de termos vivido momentos inesquecíveis que valem por muitas vidas.
Se, antes de começarmos qualquer jornada, tivéssemos focado apenas no lado negativo da vida, nunca teríamos vindo a este mundo. Teríamos adiado o aprendizado e o amadurecimento para um dia em que percebêssemos que a escuridão, a inércia e o nada são, na verdade, a mesma coisa.
Teríamos deixado a chama que nos impulsiona a avançar ser sequestrada em um intricado processo de sedução, criado por nós mesmos para nos desviarem na batalha interna, onde o egoísmo, o orgulho e a vaidade nos fariam caminhar de mãos dadas para o monturo cadavérico da ilusão do castelo de conquistas vazias.
As fórmulas que aplicamos à vida podem nos transformar em viajantes ou em simples detritos jogados pelo caminho, abandonados na janela daquilo que deveria nos conduzir ao objetivo final, verdadeiro e feliz, que é a razão de estarmos aqui. A escolha de sermos um ou outro está em nossas mãos, a cada minuto em que decidimos desistir ou continuar buscando nos tornar pessoas melhores.
Porque deixar o orgulho para trás é a capacidade de continuar.
Porque entender que a teimosia nada tem a ver com perseverança é continuar.
Porque perceber que a humildade não é sinônimo de derrota, mas de heroísmo, é continuar.
E, ao continuar, deixamos de lado o egoísmo, essas complexas pseudo-posições que criam em nós uma crosta, tornando-nos inacessíveis às mais belas coisas da vida, que, na verdade, são as mais simples.
Como um grande homem nos ensinou: “Se não vos tornardes como esta criança, não estareis na verdadeira alegria.”
Feliz Ano Novo!
Paz, Luz e Amor!