No silêncio dos jardins floridos de uma prisão de portas abertas,
o monge encontra-se só, mesmo no meio dos irmãos.
Não lhe é permitido expressar por palavras as ideias,
em forma de oração se unem as suas mãos.
Não lhe é imposta a ação da penitência,
mas aceitar as leis do local, que não foi fácil alcançar.
No hoje, vive um não entendimento do ontem,
e a quem pensava pertencer, não se deixa enganar.
O corpo se alimenta ao respirar o ar puro.
A criança de inspiração plena renasce para amar.
A expiração elimina o lixo, trazendo o equilíbrio,
e o encontro do Eu vai-lhe transformar.
A escuridão do interior se abre para a luz,
a loucura do desconhecido invade o espírito.
Ao inverter a polaridade que conduz,
a batalha exige entendimento infinito.
A resposta da questão é única e pura.
Para falar, não há forma ou expressão.
O caminho é uníssono na escrita da vida:
vive o sacrifício e alcança a libertação.
Para o monge que leu,
no jejum da alma,
o silêncio das estações ensurdeceu,
e o mal morreu na calma.
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