O conhecimento, por mais esclarecedor que seja, é como uma semente lançada à terra. Ele tem o poder de iluminar, mas sua verdadeira transformação depende das condições que encontram para se desenvolver.
Por mais fértil que seja a terra, a semente só germinará se houver água em abundância. A água representa os recursos necessários para o crescimento: atenção, cuidado e a dedicação que damos àquilo que desejamos ver florescer.
Mesmo com a água, a semente precisa da poda regeneradora para se tornar forte. Sem ela, a potencialidade do grão se perde com o tempo. A poda é como os desafios da vida, que nos lapidam, nos ensinam e nos tornam mais preparados para alcançar nosso pleno potencial.
Os frutos da semente, que são o resultado de todo o processo de desenvolvimento, também têm o seu tempo. Eles não podem ser apressados, assim como as flores que precisam de seu ciclo natural para desabrochar.
Da mesma forma, na vida, por mais valiosa que seja a semente que recebemos, ela não crescerá de forma plena se não cuidarmos de seu desenvolvimento. Podemos carregar dentro de nós um grande potencial, mas ele só se manifesta quando alimentado com a dedicação necessária.
As lições de sabedoria, seja por meio da convivência ou do estudo, só se tornam realmente compreendidas quando são vividas no nosso cotidiano. Não basta conhecer; é preciso praticar, exemplificar.
Ninguém, por mais conhecimento que possua, poderá transformar a vida de outra pessoa se essa pessoa não estiver disposta a trabalhar em si mesma. Pessoas, livros, lições – todos eles podem ser “disparadores psíquicos”, como diz Paiva Netto, mas só se a porta do coração estiver aberta e disposta a agir.
Como disse Confúcio: “Não são as ervas más que afogam a boa semente, e sim a negligência do lavrador.”
Que possamos ser lavradores diligentes, cuidando das sementes que plantamos, para que possamos ver seus frutos no tempo certo.
Muita Paz!
Daniel d'Assis
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